segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A DESCOBERTA DA ALMA

Colocando-se o problema da cura do ser humano, e buscando um princípio, um critério que pudesse dar a direção da vida, Antonio Meneghetti descobre que no background do inconsciente não existiam a vida e a morte, como enunciava Freud, porque estas são consequentes, e sim um princípio operativo da fenomenologia e do resultado de ação da pessoa.

No interior da casuística clínica, Meneghetti individua, portanto, um critério, aquilo que permite distinguir “o que é bem e o que é mal”. Um sujeito era neurótico ou falimentar quando se contrapunha às propriedades específicas desse princípio elementar, ao passo que ganhava vida, estava bem, satisfeito quando era conforme a ele, e era tal critério que fazia ser ou não ser, estar doente ou sadio, realizado ou frustrado. Meneghetti define este critério de Em Si ôntico.

“Em um primeiro momento, portanto, descobri este critério – o qual era observável, legível, apresentava-se extrínseco – e que seguindo, as suas indicações, levava sempre a resultados precisos: saúde, bem-estar, sucesso. Se esse princípio fosse esquecido, contradito ou alterado, tinha-se sempre a doença, a desordem, a confusão etc.” (Manual de Ontopsicologia, 2003, p.117).

A descoberta do Em Si ôntico ocorre, portanto, no interior da prática clínica a partir de resultados demonstrados. A análise de Meneghetti foi realizada através de anos de estudo e comparações aplicadas em centenas de seres humanos, em diferentes aglomerados sociais, de ideologias diversas e com diferentes formações psicológicas.

“Eu usei este critério observando-o, lendo-o e decodificando-o com todas as habilidades e os estudos que eu tinha como bagagem. Não o alcancei por acaso, possuía muitos instrumentos para lê-lo (...). A fortuna foi que quando fiz a análise desse processo, eu tinha uma formação superior àquela que poderiam ter Jung, Freud, Tomás de Aquino e outros. Eu tinha instrumentos que me consentiam uma análise mais completa.” (Manual de Ontopsicologia, 2003, p.118)

A inovação da pesquisa ontopsicológica foi ter individuado (reconheceu-o), isolado (distinguiu-o de outras instâncias existentes) e especificado (descreveu como se manifesta, o que faz e porque faz) este primeiro princípio. O Em Si ôntico é o critério da Ontopsicologia. Toda a práxis ontopsicológica consiste na individuação e na aplicação do Em Si ôntico. 


Para maiores informações sobre a pesquisa ontopsicológica e a descoberta do Em Si ôntico, consultar o livro Genoma ôntico. 2.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., 2003.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

CONGRESSO MUNDIAL DE ONTOPSICOLOGIA: UM NOVO CRITÉRIO ÉTICO NO INTERIOR DO HUMANISMO

O homem como centro e fonte de evolução para a humanidade. Em Moscou, a Ontopsicologia individuou e formulou um vetor unitário para o fenômeno da globalização em ato no mundo.

“Existe sempre um homem que inicia, que seleciona um caminho, que começa aquilo que define tudo: é um homem que sucessivamente é reconhecido como resposta a alguma coisa que todos já tinham como exigência na sua história e no seu íntimo. Essa pessoa não é excepcional, e sim uma boa consciência de como a realidade está se movendo”. Com essas palavras, diante de um público de mais de 800 acadêmicos, pesquisadores, representantes de organismos internacionais, professores, empresários, profissionais liberais e estudantes provenientes dos cinco continentes do planeta, o Acad. Prof. Antonio Meneghetti abriu o I Congresso Mundial e XV Congresso Internacional de Ontopsicologia.

Com o escopo de apontar as premissas humanistas ao terceiro milênio e indicar um critério ético comum ao homem globalizado, esse evento histórico promovido pela Associação Internacional de Ontopsicologia (AIO) foi realizado em Moscou, de 8 a 12 de outubro de 1997, no Palácio da Academia das Ciências Russas.




Participaram da cerimônia de abertura do congresso o Prof. Wei Jing Han (Diretor do Instituto de Psicologia da Universidade de Pequim), o Dr. K. Wondwessen (Etiópia), o Dr. A. Goroshko (Presidente do Comitê para a Educação e Deputado da Duma – Assembléia Legislativa – de Moscou), a Dra. V. Dimitrieva (Presidente da Associação Eslava de Ontopsicologia), o Acad. Prof. I. Yuzvishin (candidato ao Prêmio Nobel de Física, Presidente da Academia Internacional de Informatização), o Acad. Prof. Antonio Meneghetti (Presidente da AIO), o Sr. V. Bogo (Vice-governador do Estado do Rio Grande do Sul), a Dra. J. Barbieri (Presidente da Associação Brasileira de Ontopsicologia), o Sr. G. Cherini (Deputado Estadual do Rio Grande do Sul) e o Dr. Graham Anderson (Universidade de Sidney) (na foto acima, da esquerda para a direita).



Em entrevista para a publicação do dossiê “Antonio Meneghetti: uma viagem de Sucesso”, o presidente da AIO falou sobre o congresso. “Aquele congresso marcou a guinada do meu interesse intelectual que segue adiante ainda hoje. Com Moscou, concluí meu percurso de terapia individual e social e considero necessário afrontar diversos problemas para o homem de hoje e do futuro. Além disso, era mundial porque era a primeira vez que em um congresso de Ontopsicologia havia representantes de todos os cinco continentes da Terra. Esta foi uma razão, mas não a única. A razão de fundo é que eu queria dar ênfase à globalização”.


Qual é o problema central da globalização? Meneghetti respondeu, em entrevista à mesma publicação. “Precisamos de um critério comum. Sobre o que fundamos o Direito? O homem é a referência para o ordenamento de um plano normativo das condutas sociais. Mas qual homem? O Congresso afronta o tema qual homem deve-se ter como critério?. Continua-se em uma concepção de homem do fim do século XIX, positivista, enquanto eu falo do homem de hoje, com a sua cultura e as suas competências atuais, com os princípios da ONU. A humanidade ainda não conseguiu. Fizemos a ONU, mas ela não existe ainda na ótica do viver comum. É necessário criar princípios reconhecidos por todos. Ainda hoje estes princípios estão atrasados em relação àquele tema.”

A partir desse congresso foi elaborado o livro O critério ético do humano.

 

Para maiores informações sobre o congresso, indica-se a reportagem Un nuovo criterio etico all’interno dell’umanesimo, publicado na revista Nuova Ontopsicologia. Roma: Psicologica Ed., ano XVI, n. 1, fevereiro 1998. pp. 5-11.

Os trabalhos apresentados no congresso foram publicados no livro Atti del I Congresso Mondiale di Ontopsicologia. Roma: Psicologica Ed., 1999.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

CRITÉRIO CONVENCIONAL E CRITÉRIO DE NATUREZA

Quando se faz ciência, quando se realiza uma demonstração, um experimento, é necessário um critério. Um critério é a base para julgar, para distinguir, para fazer confrontos. Como se faz para definir o que é bem e o que é mal, o que é certo e o que é errado, o que leva à saúde ou que leva à doença? Um critério é um princípio que legitima o discurso de toda a teoria e relativa demonstração. Para se fundar uma ciência, portanto, é necessário estabelecer um critério.

A Ontopsicologia classifica os critérios para fundar qualquer ciência em dois gêneros: o critério convencional (a opinião) e o critério de natureza. O critério convencional é aquele usado em todas as ciências definidas exatas, como a estatística, a física, a medicina, a química etc. No âmbito dessas disciplinas, os cientistas estabelecem um critério e procedem ao longo de toda a demonstração através da aplicação desse critério. A ciência define-se objetiva se responde ao critério escolhido. Por exemplo, o critério de medida convencionado e aceito como referência para todas as medidas espaciais é o metro. Nestas ciências consideradas oficiais que se baseiam no critério convencional, quando o critério não se adapta à ideologia, o discurso não é considerado válido. Ou seja, não se busca o que é real, mas o que é conforme. Toda ciência é a conformidade ou deformidade ao critério pré-escolhido.

A escola ontopsicológica, ao invés disso, utiliza o critério de natureza. Natureza é tudo o que nasce da ação da vida. Para a Ontopsicologia, ação da vida, natureza e existência são sinônimos. Quando a natureza posiciona o ato, cria uma estrutura e lhe dá uma direção, um sentido. Se observamos cada um de nós, notamos que no interior do nosso corpo pré-existe uma lei, uma intenção. A vida predispõe o ser humano de um determinado modo, e trata-se de uma predisposição química, biológica, fisiológica, moral. Antonio Meneghetti define “natureza” esta impostação formal do corpo, que é um fato anterior à pessoa.

A natureza tem na sua base, portanto, uma lei fundamental à qual o homem não pode subtrair-se. Na medida em que existe, ele é previsto pela própria natureza que o funda. Existe um princípio que, da sua invisibilidade, atua a dinâmica das coisas e a fenomenologia biológica e psíquica. Um princípio que move a mente e o sangue, a mão e a moral do sujeito. Este critério fundamental da natureza é o que a Ontopsicologia define Em Si ôntico: a ordem apriórica e categórica de qualquer ser humano.

A ciência ontopsicológica aceita somente o critério de natureza, não aquele convencional. Se eu, pesquisador, quero chegar à verdade, devo me certificar e, para fazê-lo, a natureza me dá a mim mesmo. Deste modo se dá o processo de evidência: a verdade daquele fato nasce de mim que vejo, ou seja, nasce do mesmo princípio através do qual eu existo. A evidência implica uma exata relação de coincidência entre o objeto aberto e o íntimo de quem vê. E este é o máximo de ciência.

Para aprofundamentos sobre o tema, indica-se o texto de Antonio Meneghetti O critério epistêmico: o Em Si ôntico publicado em
Manual de Ontopsicologia. 3.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Editrice, 2004. pp. 145-171.

domingo, 6 de dezembro de 2009

DO GENOMA BIOLÓGICO AO GENOMA ÔNTICO

No ano 2000, quando foi divulgado o primeiro esboço do genoma humano, o Acad. Prof. Antonio Meneghetti realizou uma conferência de abertura do ano acadêmico do UniCEUB, em Brasília, intitulada “Reflexões sobre a descoberta do genoma”.

Participaram do evento o Prof. João Herculino (Reitor do UniCEUB), o Sr. Pedro Simon (Senador da República), a Sra. Palmerinda Donato (Presidente da Academia Internacional de Cultura de Brasília), o Sr. Roberto Argenta (Deputado Federal), o Prof. Godeardo Baquero Miguel (Faculdade de Psicologia - UniCEUB), o Prof. Júlio Alejandro Vexenat (Faculdade de Ciências da Saúde - UniCEUB) e inúmeros pesquisadores, professores, empresários, políticos, profissionais liberais e estudantes.
   

O Prof. Antonio Meneghetti iniciou a sua exposição com uma breve introdução sobre o histórico do projeto de mapeamento do genoma e especificou definições sobre o tema. “Genoma é uma palavra grega que significa a lei da geração. É composta por νομος, que significa lei, portanto constituição, informação; e gene que deriva de γενεσις, geração, princípio, fonte, formação, criação. O significado exato de genoma é, portanto, descobrir qual é a lei da criação, isto é, entender o que é, quem é o homem”.

A novidade da escola ontopsicológica em relação a esse argumento está na descoberta do genoma ôntico. O Prof. Meneghetti apresentou esse conceito e a sua relação com o genoma biológico. Comparando-o a um projeto de um edifício, expôs que uma construção é constituída por tantos componentes materiais, combinações técnicas, que possuem uma ordem, um escopo. Não obstante a composição do cimento ser igual em várias edificações, existe uma diferença substancial: a função para a qual foram construídas. Portanto, para entender de fato um edifício, deve-se entender o seu projeto.

“Mapear um gene não significa ter decifrado a sua mensagem, o seu projeto, mas simplesmente ter individuado a posição daquilo que o compõe. Sequenciar o genoma humano significa ter a inteira sucessão das letras que o compõem, mas não quer dizer entender o seu significado. Certamente é um passo indispensável para poder realizá-lo, mas é necessário um outro campo de leitura”. E essa é uma das grandes contribuições da escola ontopsicológica. “A Ontopsicologia entendeu o significado da sequência, do projeto e individuou o critério através do qual é possível lê-lo. Este é o genoma ôntico do qual falo”, explicou o Prof. Meneghetti.

Através da pesquisa prática e clínica, a Ontopsicologia descobriu, individuou, descreveu esse critério e o denominou Em Si ôntico. Sucessivamente, descreveu como informações acrescentadas podem alterar o projeto original. “Através desse critério se entende qual é o projeto-base, a informação original, à qual, porém, o sujeito introduziu outras informações, estereótipos, complexos não côngruos. Ou seja, colocou hábitos que o ecossistema original não aprova, não reconhece, criando variáveis impróprias no interior do DNA, por isso o DNA é capaz de produzir os arquitetos da doença. Tudo isso parte da livre causalidade psíquica do sujeito”.

Enquanto humanos inteligentes e pesquisadores objetivos, podemos chegar a esta realidade, porém a psicologia deve retornar a fundamentos da física atômica. Os grandes físicos da história sabiam que o ponto último era a psique, sabiam que o nó gordiano era uma informação psíquica. A Ontopsicologia abriu essa estrada.

A síntese da conferência Reflexões sobre a descoberta do Genoma realizada no UniCEUB, de Brasília, pode ser encontrada na revista Nuova Ontopsicologia. Roma: Psicologica Ed., ano XIX, n. 1, abril 2001. pp. 32-37.

Para maiores informações sobre o argumento, indica-se o livro de Antonio Meneghetti Genoma ôntico. 2.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., 2003.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O PROJETO DE NATUREZA DO SER HUMANO

Somos todos partícipes da natureza. E a natureza nos deu um projeto, uma semente, uma identidade. A escola ontopsicológica denomina este projeto de Em Si ôntico e o define como “a radicalidade da atividade psíquica, o projeto de natureza que constitui o ser humano” (Manual de Ontopsicologia, 2003, p.134).

Consideremos um edifício construído por vários componentes materiais e combinações técnicas, as quais têm uma ordem, um escopo. Não obstante a composição físico-química do cimento ser igual tanto nesta estrutura quanto em um outro edifício, há uma substancial diferença: as funções para as quais as construções são destinadas. Para compreender o projeto de cada edifício, devo saber quem é o arquiteto que está realizando o projeto. O Em Si ôntico é o arquiteto, o princípio que constitui cada ser humano.

Etimologicamente, “projeto” significa o a priori, o premeditado, o pré-pensado, o pré-lançado para, uma forma para. “O projeto é um princípio com faculdade de individuar, especificar e metabolizar tudo o que lhe é próprio no âmbito do real; por isso torna-se real e faz evolução segundo uma sua precisa forma do princípio” (Genoma ôntico, 2003, p.137). A ciência última é aquela que consente conhecer e realizar este projeto. A Ontopsicologia fez justamente isso: compreendeu o projeto e individuou o critério de como lê-lo.

O Em Si ôntico é o critério elementar de todos os comportamentos psicorgânicos e a sua descoberta se deu no interior da casuística clínica. A longa pesquisa científica de Antonio Meneghetti, realizada através de anos de estudo e comparações aplicadas em centenas de seres humanos, em aglomerados sociais de diferentes ideologias e formações psicológicas, lhe consentiu individuar o critério de sanidade, de vida, que é igual seja para a célula, seja para a estrutura orgânica, seja para o organísmico, seja para os comportamentos cerebrais, seja para aqueles da fantasia etc. Para qualquer comportamento do humano, o critério é o mesmo: o Em Si ôntico.

Para maiores informações sobre este argumento, indica-se o livro de Antonio Meneghetti Genoma ôntico. 2.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., 2003.

Para aprofundamentos sobre o Em Si ôntico, indica-se a obra específica do autor Em Si do homem. 5. ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., 2004.

domingo, 15 de novembro de 2009

O PROBLEMA RESOLVIDO: A EXISTÊNCIA DA ALMA

Alma ou espírito significa “sopro vital”. Os antigos entendiam com sopro algo que é invisível mas do qual se vêem os efeitos. Para todas as grandes religiões, a alma era um conceito natural do homem e representava o seu ponto de contato com a divindade. Foram os antigos gregos a tornar a alma um conceito filosófico, possível de ser analisado segundo técnicas racionais. Todos os pré-socráticos interrogaram-se sobre a alma e, em particular, sobre a ligação entre corpo e alma, as duas dimensões fundamentais do existir homem.

Segundo Platão, alma e corpo são separados, enquanto que, para Aristóteles, estão estritamente coligados. “A alma é o ato primeiro de um corpo natural que possui a vida em potência. É portanto manifesto que a alma não é separável do corpo, visto que a atividade de algumas das suas partes é o ato das correspondentes partes do corpo”, escreveu Aristóteles. Por isso “os corpos naturais são instrumentos (órgãos) da alma”.

Com o Cristianismo, de filosófico, o “discurso sobre a alma” torna-se religioso. Os estudos que são desenvolvidos se referem à tentativa de tornar coerente o conceito de “alma” em sentido católico com a racionalidade ocidental. Com o Iluminismo e a sucessiva Revolução Industrial, o interesse dos estudiosos se concentra na razão, e a alma é frequentemente reputada um conceito religioso e, portanto, não-científico. Ainda assim, continuará um interesse filosófico pela alma por parte de numerosos estudiosos, entre os quais Schopenhauer, Kant e Hegel.

No século XX prosseguirá a tendência de considerar a alma um conceito místico. Ainda que alguns estudiosos como Brentano, Freud, Jung, Jaspers e Gabriel Marcel tenham evidenciado que no interior do ser humano existem pulsões e intencionalidades criativas e vitais que não são de estrito pertencimento da razão, o problema permanece sem resposta: existe a alma? E, se existe, ela pode ser descrita e estudada de modo racional ou até mesmo científico?

Iniciando a cura do ser humano, e buscando um princípio curativo, o critério que pudesse dar a direção da vida, Antonio Meneghetti, fundador da escola ontopsicológica, descobriu que, no background do inconsciente havia um princípio, um critério vivente e transcendente. Definiu este princípio de Em Si ôntico. Este princípio era operativo da fenomenologia e do resultado operativo da pessoa. Um sujeito era neurótico ou falimentar porque se contrapunha a propriedades específicas desse critério elementar, ao passo que de tudo o que era conforme a ele, proporcionava ao sujeito vida, bem-estar, satisfação. Através da prática clínica, experimental, Meneghetti verificou que era tal critério que fazia ser ou não ser, estar doente ou sadio, ter êxito ou frustração.

Meneghetti reconhece que a grandeza histórica do seu pensamento não está em ter descoberto algo do qual não se sabia a existência. Pelo contrário, o Em Si ôntico é – como identificado pelo pesquisador – aquilo que tantos outros procuraram e conjecturaram. A inovação está em dar a essa descoberta, através da Ontopsicologia, uma dignidade científica.

Para Meneghetti, o Em Si ôntico não constitui uma sugestão mística, mas é algo de concreto e real no interior de cada homem, e cuja individuação e colocação “em foco” consente o sucesso em todos os aspectos concretos do existir do homem. Determina a saúde, o bem-estar e também o prazer, o sucesso econômico e social. E ao invés de representá-lo em termos fideísticos ou dogmáticos, Antonio Meneghetti o descreve quase anatomicamente, ilustrando toda a sua fenomenologia com a precisão do pesquisador atento, tornando possível a sua compreensão e aplicação pessoal a cada ser humano.

Texto adaptado do artigo As três descobertas: O Em Si ôntico do dossiê Antonio Meneghetti: uma viagem de sucesso, publicado junto à revista Nova Ontopsicologia. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., n. 2, março 2008. pp.14-15.

Para uma introdução ao Em Si ôntico, indica-se o texto de Antonio Meneghetti As três descobertas: o Em Si ôntico contido em Nova fronda virescit: introdução à Ontopsicologia para jovens. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., 2006. pp.47-56.