A escola ontopsicológica, ao invés disso, utiliza o critério de natureza. Natureza é tudo o que nasce da ação da vida. Para a Ontopsicologia, ação da vida, natureza e existência são sinônimos. Quando a natureza posiciona o ato, cria uma estrutura e lhe dá uma direção, um sentido. Se observamos cada um de nós, notamos que no interior do nosso corpo pré-existe uma lei, uma intenção. A vida predispõe o ser humano de um determinado modo, e trata-se de uma predisposição química, biológica, fisiológica, moral. Antonio Meneghetti define “natureza” esta impostação formal do corpo, que é um fato anterior à pessoa.
A natureza tem na sua base, portanto, uma lei fundamental à qual o homem não pode subtrair-se. Na medida em que existe, ele é previsto pela própria natureza que o funda. Existe um princípio que, da sua invisibilidade, atua a dinâmica das coisas e a fenomenologia biológica e psíquica. Um princípio que move a mente e o sangue, a mão e a moral do sujeito. Este critério fundamental da natureza é o que a Ontopsicologia define Em Si ôntico: a ordem apriórica e categórica de qualquer ser humano.
A ciência ontopsicológica aceita somente o critério de natureza, não aquele convencional. Se eu, pesquisador, quero chegar à verdade, devo me certificar e, para fazê-lo, a natureza me dá a mim mesmo. Deste modo se dá o processo de evidência: a verdade daquele fato nasce de mim que vejo, ou seja, nasce do mesmo princípio através do qual eu existo. A evidência implica uma exata relação de coincidência entre o objeto aberto e o íntimo de quem vê. E este é o máximo de ciência.
Para aprofundamentos sobre o tema, indica-se o texto de Antonio Meneghetti O critério epistêmico: o Em Si ôntico publicado em Manual de Ontopsicologia. 3.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Editrice, 2004. pp. 145-171.
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