O problema fundamental da Ontopsicologia é “o que é o homem”. Para esse problema, a escola ontopsicológica é capaz de dar uma solução científica. “Científico” significa que posso demonstrar o que afirmo, visto que tenho o conhecimento fenomênico total daquilo que exponho teoricamente e posso torná-lo compreensível e repetível aos outros.
Indagado com os parâmetros da ciência ontopsicológica, o homem revela-se constituído por um Em Si ôntico, por um Eu e por um monitor de deflexão.
O Em Si ôntico, principal descoberta da Ontopsicologia, é o projeto básico de natureza que constitui o ser humano. É o ponto primeiro a partir do qual se principia, se determina uma individuação, o princípio que faz ser ou não ser, existir ou não existir.
O Eu lógico histórico – também chamado de Eu consciente, Eu voluntarista pensante, Eu agente responsável – é a capacidade de mediar o real externo segundo a exigência interior individual. É o ponto de tomada de consciência do quanto existo e a sede de todas as relações possíveis. O Eu é aquela função mediante a qual o sujeito se auto-colhe, mede e é medido.
O monitor de deflexão é um programa acumulado no interior das células cerebrais que antecipa e distorce a reflexão egoceptiva. Enquanto a percepção sintetiza o que é relativo àquela individuação, o monitor de deflexão fixa um programa, age com interferência especular, ou seja, projetando imagens, e o torna prioritário a todos os outros. Daqui se origina o inconsciente.
Com esses três elementos, a escola ontopsicológica é capaz de examinar:
1) como é agora o fato homem
2) qual é a direção segundo a qual deveria evolui, ou seja, qual é o seu fim e, caso o fim não se verifique, por que ocorre a discrepância.
Trecho adaptado do texto de Antonio Meneghetti A teoria ontopsicológica da personalidade, publicado no livro Manual de Ontopsicologia. 3.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Editrice, 2004. pp.215-295.
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