domingo, 6 de dezembro de 2009

DO GENOMA BIOLÓGICO AO GENOMA ÔNTICO

No ano 2000, quando foi divulgado o primeiro esboço do genoma humano, o Acad. Prof. Antonio Meneghetti realizou uma conferência de abertura do ano acadêmico do UniCEUB, em Brasília, intitulada “Reflexões sobre a descoberta do genoma”.

Participaram do evento o Prof. João Herculino (Reitor do UniCEUB), o Sr. Pedro Simon (Senador da República), a Sra. Palmerinda Donato (Presidente da Academia Internacional de Cultura de Brasília), o Sr. Roberto Argenta (Deputado Federal), o Prof. Godeardo Baquero Miguel (Faculdade de Psicologia - UniCEUB), o Prof. Júlio Alejandro Vexenat (Faculdade de Ciências da Saúde - UniCEUB) e inúmeros pesquisadores, professores, empresários, políticos, profissionais liberais e estudantes.
   

O Prof. Antonio Meneghetti iniciou a sua exposição com uma breve introdução sobre o histórico do projeto de mapeamento do genoma e especificou definições sobre o tema. “Genoma é uma palavra grega que significa a lei da geração. É composta por νομος, que significa lei, portanto constituição, informação; e gene que deriva de γενεσις, geração, princípio, fonte, formação, criação. O significado exato de genoma é, portanto, descobrir qual é a lei da criação, isto é, entender o que é, quem é o homem”.

A novidade da escola ontopsicológica em relação a esse argumento está na descoberta do genoma ôntico. O Prof. Meneghetti apresentou esse conceito e a sua relação com o genoma biológico. Comparando-o a um projeto de um edifício, expôs que uma construção é constituída por tantos componentes materiais, combinações técnicas, que possuem uma ordem, um escopo. Não obstante a composição do cimento ser igual em várias edificações, existe uma diferença substancial: a função para a qual foram construídas. Portanto, para entender de fato um edifício, deve-se entender o seu projeto.

“Mapear um gene não significa ter decifrado a sua mensagem, o seu projeto, mas simplesmente ter individuado a posição daquilo que o compõe. Sequenciar o genoma humano significa ter a inteira sucessão das letras que o compõem, mas não quer dizer entender o seu significado. Certamente é um passo indispensável para poder realizá-lo, mas é necessário um outro campo de leitura”. E essa é uma das grandes contribuições da escola ontopsicológica. “A Ontopsicologia entendeu o significado da sequência, do projeto e individuou o critério através do qual é possível lê-lo. Este é o genoma ôntico do qual falo”, explicou o Prof. Meneghetti.

Através da pesquisa prática e clínica, a Ontopsicologia descobriu, individuou, descreveu esse critério e o denominou Em Si ôntico. Sucessivamente, descreveu como informações acrescentadas podem alterar o projeto original. “Através desse critério se entende qual é o projeto-base, a informação original, à qual, porém, o sujeito introduziu outras informações, estereótipos, complexos não côngruos. Ou seja, colocou hábitos que o ecossistema original não aprova, não reconhece, criando variáveis impróprias no interior do DNA, por isso o DNA é capaz de produzir os arquitetos da doença. Tudo isso parte da livre causalidade psíquica do sujeito”.

Enquanto humanos inteligentes e pesquisadores objetivos, podemos chegar a esta realidade, porém a psicologia deve retornar a fundamentos da física atômica. Os grandes físicos da história sabiam que o ponto último era a psique, sabiam que o nó gordiano era uma informação psíquica. A Ontopsicologia abriu essa estrada.

A síntese da conferência Reflexões sobre a descoberta do Genoma realizada no UniCEUB, de Brasília, pode ser encontrada na revista Nuova Ontopsicologia. Roma: Psicologica Ed., ano XIX, n. 1, abril 2001. pp. 32-37.

Para maiores informações sobre o argumento, indica-se o livro de Antonio Meneghetti Genoma ôntico. 2.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed., 2003.

Um comentário:

  1. Afirma o autor "Somente o espírito, ao final, pode ser critério de racionalidade"(Atos do Cogresso Business Intuition, 2004). Então,na Medicina, para a análise dos eventos causadores das doenças, não podemos prescindir do conhecimento dos fins estabelecidos pelo espírito. Chega-se a compreender que o comportamento psíquico desordenado do sujeito, em contraste com a sua identidade de natureza, programa a célula até que esta varie o seu DNA: é o gatilho para a doença.
    Abrem-se imediatamente duas situações: 1. conforto de saber que finalmente temos uma estrada para a pesquisa etiológica e consequente resolução e 2. necessidade de estudo e estilo de vida coerentes com a inteligência que temos.

    Marisa Bontorin - Médica Dermatologista e Nutróloga.
    Brasília-DF.

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